Ordem de Mérito - Manuel Peralta Godinho e Cunha / Partebilhas

Quem conhecer por dentro um Grupo de Forcados ou dele tenha estado próximo, sabe que não é nada fácil a sua presença nas arenas por períodos alargados de dezenas de anos, porque o comando vai mudando e novas gerações de forcados aparecem e se retiram e a tendência natural é a desagregação, caso o Cabo não tenha a vontade e conhecimentos suficientes para dar continuidade ao Grupo.

Comandar homens não está ao alcance de qualquer um e num Grupo de Forcados Amadores esse comando tem que se revelar não só dentro das arenas mas também na condução dos treinos, na seleção de novos elementos, nos contactos com os empresários, no acompanhamento geral de tudo o que seja na representação do Grupo.

Não obstante de Portugal ser a pátria do forcado, são raros os Grupos que conseguiram passar mais de 50 anos de actuação efectiva, quer dizer, que tenham pegado toiros em todas essas épocas. Só assim um Grupo de Forcados Amadores não perde a antiguidade. Não basta ter a denominação de um outro Grupo anterior, mas pisar as arenas e pegar toiros em épocas seguidas.

É diferente pegar do que ver pegar toiros.

No Grupo de Forcados Amadores de Santarém a sua presença contínua nas praças a pegar toiros tem 100 anos. Sequência efectiva desde 1915 a 2015. 101 épocas!

Este ano de 2015 é um ano de comemorações. Ano de recordações. Ano importantíssimo não só para os Amadores de Santarém mas também para todos os que consideram a tourada à portuguesa fazendo parte da nossa cultura. A pega identifica uma nação, um povo, Portugal.

Nesta última quinta-feira, esta corrida de toiros que se realizou na Monumental do Campo Pequeno, foi promovida pela empresa como uma homenagem de Lisboa ao mais antigo Grupo de Forcados. E bem!

Outra homenagem já tinha sido feita em Santarém.

Desta vez a Presidência da República distinguiu o Grupo com a Ordem de Mérito. E bem!

Porém, o Presidente da República não esteve presente na arena do Campo Pequeno e fez-se representar. Menos bem!

Há momentos da nação onde o Chefe de Estado não deve faltar. Se fosse em Espanha o Rei não faltaria.


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